29 maio, 2010

Histórias de Uma Não Vida

“O ano de 2008 foi o ano de minha morte.
Mas não de minha morte por completo.
Só meu lado bom foi quem morreu…”
“Alexander Bogardan”


Prólogo

Eu não fazia idéia do que iria acontecer comigo naquela noite, minha curiosidade me arrastou para um mundo que eu mal
sabia que existia, seria esse meu destino realmente?








1 - Noite Violenta

Meu nome é Alexander Bogardan, tenho 25 anos, moro com minha família.
Trabalho, ou melhor, trabalhava como web designer no edifício Central Park, sou meio solitário, mas isso não quer dizer que eu seja anti-social, apenas gosto de ficar sozinho para refletir sobre algumas coisas.
Tenho uma paixão pelo sobrenatural, gosto de histórias de vampiros, lobisomens, sempre fui fascinado por isso. Mal sabia eu que isso tudo que nossos avós nos contavam para nos assustar não era apenas “conversa pra boi dormir”.
Sou testemunha dessas histórias, ou melhor, dizendo eu as vivo!
Uma vez eu fiquei até tarde no edifício, estava quase entrando no elevador quando ouvi uma conversa muito estranha numa sala ali perto.
- Tem certeza que o prédio está vazio?
– Sim tenho, todos os humanos saíram, podemos ir adiante para caçar.
Fiquei ali parado, ouvindo, mas não entendia nada, de que caçada eles estavam falando?
E por que eles usaram a palavra humanos, o que eles eram afinal?
- Vamos pelo elevador tudo bem?
– Por mim tudo ok.
Assim que ouvi comecei a correr em direção as escadas.
- Ei você ouviu alguma coisa? Perguntou um deles para seu companheiro.
- Ouvi sim, parece que tinha alguém aqui, mas seja lá quem for já não está mais aqui.
Eu desci as escadas com cuidado, para que não fosse notado, consegui chegar ao térreo sem ser visto sabe-se lá por quem ou o que.
Pouco depois ouvi aquelas mesmas vozes outra vez.
- Vamos no meu carro, temos que ir rápido, estou faminto!
– Eu também, disse a outra voz.
E estava cada vez mais assustado, mas minha curiosidade falou mais alto, resolvi segui-los à distância, eles estavam indo em direção a Avenida Jove Soares, mas foram para um lugar mais escuro e saíram do carro, eu estava a uma distância “segura” e pude vê-los, pareciam ser pessoas comuns, mas estavam vestidas de preto, tinham o rosto meio pálido, de repente uma pessoa estava indo na direção deles, era uma garota de programa, eles a chamaram para dentro do carro, passaram se alguns minutos, então comecei a ouvir gritos saindo de dentro do carro, fiquei apavorado, o que eles estavam fazendo?
Então os gritos pararam, e eles saíram do carro outra vez, um estava carregando a mulher em seus braços, parecia que ela estava morta, tinha sangue em suas bocas, o que era tudo aquilo? Por que mataram ela?
Eles começaram a falar em uma língua estranha, nunca tinha ouvido nada parecido antes, passados alguns minutos eles se afastaram do carro e começaram a andar o que estava com o corpo da garota a colocou dentro da porta malas do carro, com um pouco de relutância eu desci do meu carro e comecei a segui-los, eu não sei por que eu faria isso, qualquer outra pessoa em seu juízo perfeito teria ido embora e deixado por isso mesmo, mas eu não, eu queria saber quem eram aquelas “pessoas” não precisei andar muito para achá-los, mas desta vez eles não estavam mais sozinhos, haviam mais deles, estavam em 4 agora, cheguei mais perto para poder ouvir alguma coisa.
- E então, estão prontos?
– Sim, já estamos satisfeitos, vamos logo, Danov já está nos esperando, e ele detesta que cheguemos atrasados!
- Sim, vamos logo então, meu carro está logo ali e... Ei! Quem está aí?
Eles tinham visto alguém, era um cara enorme, e muito musculoso, estava indo na direção deles, todos, mais do que depressa sacaram armas e começaram a atirar, eu estava com muito medo agora, eles atiravam, mas o outro não era atingido, parecia que de alguma forma ele se desviava das balas, era tudo muito rápido, então o grandalhão sacou uma espada e investiu contra um que atirava com um revolver, foi um golpe certeiro, ele conseguiu cortar o braço que estava segurando a arma, em seguida ouviu-se apenas seu grito de dor.
- Aaarrghhhhh!!!!!!!!!!!! Meu braço! Seu maldito!!!!!
Logo depois foi a vez do outro, com uma rapidez fora do normal cortou a cabeça do segundo, o que se viu foi uma chuva de sangue que molhava todo o asfalto, a luta não durou mais do que alguns segundos, todos os quatro estavam mortos, eu estava paralisado de tanto pavor, quando tentei escapar ele já estava perto de mim, senti minhas pernas tremerem, meu corpo não me obedecia, eu olhava fixamente para aquela pessoa que me olhava com olhos de profundo desprezo pela minha pobre vida, então ele falou.

- Você viu tudo não é mesmo?Eu engoli a seco, apenas balancei a cabeça positivamente.

- Se você viu então, agora não posso deixá-lo ir, eu estava paralisado, não conseguia me mover, por mais que eu tentasse, antes que eu pudesse fazer algo, senti uma dor muito forte, mas estava tudo muito estranho, depois não havia mais dor, eu sentia meu corpo pesado, eu estava morrendo?

Este seria meu fim? Eu não via mais nada, nem podia ouvir coisa alguma, não havia mais nada. Eu estava morto...

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