17 junho, 2010

Conto

Phogos Eveningfall Donnodel
“Crepúsculo da lua prateada”

Os deuses presenciaram o nosso nascimento, e juntos eles decidiram que seriamos inseparáveis; assim nascia Phogos & Saevel Eveningfall; eu e meu irmão decidimos que nos apoiariam e nos ajudaríamos, sem nos separarmos, até que à morte nos levassem...
Nascemos sobre a proteção dos nossos deuses, e começamos a sonhar, com o dia em que nos tornaríamos importantes para o mundo; até percebemos que deveríamos ser importantes para nós mesmo, e chegarmos a nossos objetivos para realizarmos as nossas ambições.
O tempo se foi e nós percebemos que nossos caminhos seria um pouco diferente, do que tínhamos em mente.
Eu não possuía a mesma habilidade que o meu querido irmão tinha com a espada e nem o seu espírito guerreiro, mas, eu não o invejava, pensei apenas como conseguir forças que nos ajudaria a conquistar nossos sonhos.
Meu pai, percebendo então que não poderia ser como Saevel, me levou ao encontro do Sr. Oriseus; que mais tarde se tornaria meu mestre, na arte.
Oriseus me mostrou seu enorme poder. Foi aí que eu, percebi o que eu tinha que fazer. Passei a me dedicar à arte, dando o melhor de mim, tinha meu irmão tornando forte a cada momento, superando seus próprios desafios, e ainda me dando força pra continuar meus estudos. Em meus treinos eu pensava em desistir, mas!
- Vamos Phogos, eu ainda estou aqui. Ele me erguia a cada vez que o meu poder se esgotava. Ele me colocava de pé, e me encorajava a continuar. Ele me lembrava também, das palavras do meu mestre, tais, que eu mesmo as esquecia, em momentos de exaustão.
Ele sempre dizia: – à arte que você tanto deseja, demanda tempo. E deve ser utilizada de maneira adequada, por isso, não jogue fora o seu potencial, com estas suas ambições, que o pode te levar a destruição...
Tentava guarda-las, e procurava o melhor caminho, para mim e meu irmão.
Pouco tempo depois; nossos pais adoeceram, então passei mais tempo estudando, em busca da força que talvez ajudasse a salva-los.
Eu e meu irmão descobrimos sobre um templo de um dos deuses élficos, que poderia nos ajudar. Antes de sairmos à procura desse lugar eu decidi fazer os testes da academia arcana, mesmo sabendo dos riscos, que correria, devido ao alto nível dos testes. A principio Oriseus, não me apoio, dizendo:
- Phogos, você é jovem demais para os testes, não seja tolo! Desista, você sabe que não pode tentar duas vezes.
- Mestre, para realizar minhas ambições eu poderia esperar mais, mas se trata de conseguir forças para salvar meus pais, por isso não me peça tal coisa; não me importo com a minha vida e sim com a deles. Meu mestre entendeu logo depois de ver o meu olhar se cruzar com o de meu irmão. Eu estava decidido, e nada me faria mudar de idéia.
- Está bem Phogos, irei pedir ao conselho, que você faça os testes. Por enquanto concentre-se nos estudos e se prepare!
- Eu já estou pronto mestre.
Estudava um meio pra vencer os testes, mesmo sem saber quais seriam.
Decidi então procurar na torre proibida, alguma coisa que pudesse me ajudar. Eu e Saevel fomos até ela, mesmo sabendo que seria difícil adentra-la. Pois diziam que ela foi amaldiçoada pelo senhor da morte, o mestre supremo da minha ordem, criador da necromância Kaludemaki Raszyel senhor da torre proibida.
Conseguimos adentrar nos domínios da torre, chegamos a atravessar a floresta negra e chegarmos ao portão principal.
- E agora Phogos, não estamos com a chave para abrimos o portão e muito menos força para abri-lo ou para conseguir chegarmos mais próximos à torre. Eu mesmo não tenho mais força para continuar, e menos vontade de fazê-lo.
- Chega Saevel, uma voz que não era minha saiu de meus lábios. Ao mesmo tempo em que a lua negra se levantava aos céus, para saldar seu senhor, que despertava de um sonho que muitos achavam que seria eterno. Eu não mais dava ouvido ao meu irmão. Como se observasse o lar que há muito tempo não via. Preso em meus pensamentos ouvindo uma voz que não sabia que era minha, dizendo-me:
- Phogos, veja você mesmo o que é seu, no dia em que retornarmos. Como se minha mente e visão se abrissem além das paredes da torre proibida, eu conseguir ver o que tinha além...
Acordei de um sonho que pensei ser real, pensava em como tinha esses pensamentos em minha mente. Levantei e observei, Saevel e Oriseus olhando pra mim, com o olhar de um pai que olha um filho, quando faz coisa errada e está preparando para dar ma bronca.
Oriseus se levantou, da cadeira velha de um carvalho antigo, mas ele dizia ser aconchegante e sempre se sentava nela. Aproximou-se, olhou em meus olhos e começou a falar, com sua face transformada em um rosto que eu mal, reconheci que era dele.
- Quem é você, para procurar respostas na torre proibida. Eu podia ver a raiva em suas palavras, era como se tivesse forma, a forma da morte; mais a preocupação apareceu, em seu rosto como a de um pai, que ainda sem saber, não existia mais. E ele continuou: - Além de se matar, tentava matar seu irmão, sabe que se descobrirem seu ato, te expulsaria da escola arcana e você se tornaria um mago renegado. É isso que você quer Phogos?Hein! Seu olhar penetrou no meu, minha mente parecia ser lida como um livro qualquer, meus olhos se desviaram, só por um momento dos de Oriseus, foi quando as lágrimas de meu irmão escorreram em seu rosto. Eu então entendi o que as palavras de Oriseus significariam.
- Eu a partir de agora tomarei conta de você filho, como já estava tomando antes. Dizendo estas palavras ele se retirou, deixando-nos a sós.
Senti a tristeza, que abatia sobre nós, foi então que meu irmão se levantou, aproximando-se de mim, abraçou-me e chorando me disse:
- Agora somos sós nós dois Phogos! Eu ainda pretendo ir ao templo, pedir aos deuses que nos mostre o caminho, que devo traçar você virá comigo e então veremos o que temos que fazer. Oriseus é um bom homem e mesmo depois do que fizemos ainda conseguiu permissão para você fazer os testes.
- Fiquei feliz por isso. Mas sentirei a falta de nossos pais, por isso não vou perdê-lo Saevel.
- Nem eu o quero!
Abraçamos-nos ainda mais forte, e nossos laços não mais podiam se romper.
- Que dia é o teste?
- Você dormiu muito, sete dias para ser mais exato, já fizeram três que nossos pais faleceram, e o teste será amanhã. Espero que esteja preparado.
- Eu estou Saevel, eu estou...
Iniciei os testes da alta magia, mais não imaginava que seria tão difícil; deste conhecimento, até feitiços mágicos complicados, em alguns momentos eu pensei em desistir, mas eu tinha o apoio de Saevel e Oriseus.
Venci todos eles, agora só faltaria mais um.
O mestre de nossa ordem disse a nós.
- Alguns de vocês, querem desistir?
Dos dez que iniciaram os testes só sobraram quatro e dois deles desistiram nessa parte.
- Não senhor! Eu vim até aqui e não é no último teste que eu vou fraquejar. Apesar do cansaço, tanto físico quanto mental, eles confiam em mim, e com estes pensamentos aceitei o último dos testes.
- Bem diante de seus mestres, todos sabem que fazem isso por vontade própria, mais como nesse ponto ainda restaram vocês dois, o conselho decidiu que vocês, devem decidir isso em um combate arcano.
- Que o senhor da magia os proteja.
Mestre sabia o que isso significava. O meu fracasso me levaria a morte. Ao dizer isso a meu irmão ele pediu que parasse o teste mais meu mestre não podia fazê-lo.
- Do que adianta se ele morrer, Oriseus?!
- Ele fez uma escolha e ele sabia os seus riscos.
- Mais ele pode viver e ser forte sem passar no teste.
- Deste jeito ele se tornaria um renegado e seria morto, é isso que você quer?
- Não! Mais eu quero ele vivo e se ele morrer não fará sentido algum. Eu o ajudo, caso ele se tornar renegado. Essas palavras suaram como se fosse um golpe para Oriseus.
- Você não confia mais no seu irmão? É isso! Vou lhe mostrar o porquê eu não faço nada. Pra começar olhe pra ele.
Então ele viu. Saevel me observava. Atentamente...
Eu, com meu robe vermelho tradicional da minha ordem, capuz sobre a cabeça, com os cabelos loiros claros, que com o brilho da luz, se tornava prateados na medida em que me movia, frágil mais determinado. Meu cajado me apoiava e sustentava como os braços de Saevel, quando me faltava força.
Saevel inconscientemente esfregava suas mãos, em um anel que possuíamos em nosso dedo. Era a marca de nossa família e a fonte de nossa lealdade um com o outro. O meu o fogo e o dele a espada, como nossas habilidades.
Meu agora; inimigo, com um robe negro um cajado do mesmo negro da noite esperava apenas o sinal, para que pudéssemos começar.
O nome dele era Sunnathar Kaldem, um bom aluno, especializado na necromância, a escola da morte, seus olhos pareciam mais com os de um assassino, determinado a me matar, não teria piedade, e eu também não pedia por isso. Cansados e angustiados esperávamos apenas o sinal.
Uma luz surgiu no meio de nós e uma voz soou dela:
- Vocês dois estão aqui hoje por seus méritos próprios e o vencedor se tornará um grande mago da nossa ordem, o outro infelizmente, não poderá mais se tornar um mago e será banido da escola, isso é claro se continuar vivo. Antes de começarem eu lhes aviso seus mestres não mais os ajudaram vocês tem certeza do que vão fazer?
Ambos ficamos em silêncio e ele percebeu que só tínhamos pensamentos em nós mesmo. Então começou.
Sunnathar devia estar cansado, mais eu não sabia como ele ainda tinha tanto poder, trocava mos magias um com o outro, até quase o nosso limite, as magias estava se acabando e meu cajado não mais suportava meu peso, eu utilizei tudo que tinha, não havia mais nenhuma magia em minha mente, ao contrário de Sunnathar que parecia não estar nem ao menos cansado, exibia seu cajado que brilhava como uma estrela da morte, e em seu rosto surgia um sorriso que nem mesmo eu teria, seu rosto demonstrava prazer, enquanto que eu estava sofrendo, esperava por fim rápido e sem dor, mais ele não vinha e com a dor passei a suplicar pela morte, ao invés da vida.
Meu irmão sofria junto comigo, mas nem ele dividindo o meu sofrimento, pode me ajudar. Observando o que estava acontecendo, ele implorou no meu lugar, que parassem a luta e me salvassem...
Foi então que Oriseus pediu a ele que observasse.
Nesse momento Sunnathar, tinha se transformado em Saevel e estava conjurando uma mágica de nível bem avançado, está mágica, com certeza extrairia muita força, mais ele estava conjurando-a.
Os mestres da escola ficaram espantados com o poder do jovem, tão grande era seu talento e poder que eles já sabiam o vencedor. Mas a regra não permitia interromper o duelo. “Até mesmo porque o mestre de Sunnathar não permitiria, ele via a felicidade de seu aluno, Sunnathar sorria e pareciam indestrutível, as últimas lembranças minhas foi de ouvir meu “irmão” conjurar as palavras de morte” – Shyrim Horemmdie!”” Essas palavras entraram na minha mente e meus olhos me mostravam o brilho verde, da magia da morte. Consegui ver todos os presentes, escutar o grito de dor de meu irmão antes mesmo de morrer, e foi aí que o tempo parou, com um raio verde vindo ao meu encontro, e com a morte esperando para me levar há voz novamente falou comigo:
“-Eu não esperava que você fosse tão fraco Phogos! Deixe-me cuidar de você, e aprenda comigo a controlar o nosso poder.”
Meus olhos se abriram meus cabelos agora todo prateado, como a lua negra, que agora me dava força, eu senti, um poder enorme, um poder que nunca vi e senti o poder que eu tanto quero a força que está dentro de mim...
Recebi o impacto da magia da morte e de vez da morte obtive a força. Ouvi dos presentes o nome:
- Ele é um portador, ele é o portador da magia primordial...
Não importava com as palavras tolas desses idiotas, mas agora eu sei que o poder que eu quero existe, e não estou disposto a perdê-lo, por nada...
“ - Está vendo Phogos, é assim que se faz, agora vou mata-lo para que nossa jornada siga em frente.”
Minha mão se ergueu e uma magia que eu não conhecia veio a minha mente, e a voz que me controlava as pronunciou: “ - Andx Moume Teymes...”
Eu vi meu irmão ficando paralisado e a situação se invertendo. Quando me percebi já estava de pé e a voz me dizendo; “ - vamos acabe com ele!”
- Não! Eu respondi. Eu não consigo apesar de saber que era apenas a imagem do meu irmão eu não conseguia mata-lo.
Meu irmão tentou me impedir:
- Não faça isso Phogos, você não precisa me matar, você já venceu. Agora me liberte e chega dessa luta ridícula.
Aproximei-me, confuso, retirei minha adaga e me posicionei. A expectativa de todos era grande, pois não sabia o que eu iria fazer. A voz me falou:
- Vamos Phogos, esse é o seu último teste, não deixe que seu irmão o empeça de conseguir o que sempre sonhou, ele está tentando te impedir ele quer roubar a mágica de nós.
Estas palavras foram demais pra mim, nem mesmo Saevel teria o direito de roubar a minha mágica, sem conseguir me controlar, acertei um golpe perfeito e sem misericórdia, a adaga perfurou completamente o seu coração, deixando todos e principalmente meu irmão espantado.
- Eu não acredito no que vejo, Oriseus me diga que é mentira.
- Não Saevel, seu irmão é capaz até mesmo de matá-lo se entrar em seu caminho, ele tem um destino muito difícil, e por isso eu o escolhi, nem eu nem você tem o direito de impedi-lo.
Uma lágrima escorria do rosto de meu irmão, junto com a tristeza, tinha a alegria de eu estar vivo e conseguido passar no teste.
A força que estava me ajudando estava se esvaindo e eu me senti fraco novamente, foi então que desmaiei e me lembrava apenas da morte de Saevel.
Acordei tempos depois e meu irmão me contou o que aconteceu, ele percebeu a minha tristeza. Ele me disse:
- Phogos, ainda somos irmãos e eu não me importo com o que aconteceu, sei que se eu estivesse no seu lugar faria o mesmo. Agora me diga de quem é aquela voz sombria que você falava, enquanto resistia à morte?
- Eu não sei quem era mais sei que era eu. Saevel prometa não contar nada do teste para ninguém.
- Sim, eu prometo. Este teste só fez você sofrer e ainda o deixou mais fraco fisicamente, este sofrimento não deve mais lembrar. Agora descanse meu irmão!
Deixou o quarto e durante um tempo eu não o via. Recuperei-me e voltei a treinar novamente, meus estudos agora só estava começando e agora que já demonstrei o que posso fazer para alcançar os meus objetivos, ninguém vai me impedir.
Meu mestre me mostrou como controlar esta tal de magia primordial, logo já tinha me acostumado com esse novo poder. Mas o que mais me chamava atenção era essa voz que sempre falava comigo e me ajudava quando eu mais precisava.
O tempo se passou, e conheci se é que eu posso dizer assim, as mágicas mais poderosas já utilizadas pelos mortais, li sobre a alta magia de Netheril, a magia suprema dos humanos, e a alta magia élfica, essas utilizadas pelos magos mais poderosos que já existiram, eu pretendi encontra-la e aprender a controlá-la, sei que é difícil, mais não é impossível. Alguma coisa me diz que um dia eu irei de conseguir tal poder.
Só com os estudos não iria me tornar forte, eu precisava sair e me aventurar.
Eu e Saevel então começamos nossas aventuras.
Desde trabalhos para o rei, até masmorras pelo mundo. Era divertido e nós aprendemos bastante. Enfim nossas habilidades estavam se encaixando e nos tornamos uma dupla imbatível. Em uma de nossas aventuras Saevel descobriu, lá no templo de um deus antigo, que tinha um paladino muito poderoso, que ajudava as pessoas a se tornar forte. Pensando em talvez um dia trouxer nossos pais de volta, ficou decidido que nós nos separaríamos desta vez por objetivo diferente, eu a procura da Alta Magia e Saevel atrás desse tal de Desmond o paladino. Separamos-nos, mais já contávamos com o dia do reencontro. A alta magia é mais difícil de obter, mais do que eu esperava. Mais se fosse fácil qualquer um teria e eu não quero um poder assim.
Depois de um tempo, veio uma notícia do qual eu nunca acreditaria. Meu irmão estava morto.
Um absurdo é claro. Eu tive de ir a sua procura. Meu mestre me disponibilizou equipamentos que poderia me ajudar a encontrá-lo. Procurei em terras conhecidas e desconhecidas, mais era sempre em vão. Decidi então ir a Encontro Eterno, um dos últimos lares élficos. Teletransportei até o oeste mar, as ilhas de Encontro Eterno, um lugar que só nós elfos podemos chegar. Para minha surpresa, uma pista, ou talvez, não. Tudo estava destruído e nada e nem ninguém eu encontrei, um lugar que eu tinha esperança de encontrar a alta magia élfica, agora não existe mais, nem a biblioteca arcana, nem a corte real tinham resistido. Além de não encontrar Saevel eu acabei com mais dúvidas. Quem está por trás disso? Se meu irmão está morto, quem o matou? Onde estará à alta magia élfica e a magia de Netheril? Isso eu ainda não sei, mas para continuar minhas busca, eu utilizei do último pergaminho, que meu mestre Oriseus, dispusera para que encontrasse meu irmão e retornei a Águas Profundas...
Pelo menos era o que eu tinha tentado!!!


Este documento foi escrito por Phogos Eveningfall Donnodel, data desconhecida.


Phogos Eveningfall Donnodel
“Crepúsculo da lua prateada”



(Armand Dubbois)

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