Para Jim Zemlin, diretor executivo da Linux Foundation, é questão de tempo até as pessoas pararem de usar o Windows
Em entrevista à Network World, o diretor executivo da Linux Foundation, Jim Zemlin, atacou a Microsoft e disse que a companhia não é mais uma preocupação: "Acho que simplesmente não me importo mais com a Microsoft", afirmou Zemlin. "Ela costumava ser a nossa grande rival, mas agora é como se fosse chutar um cachorro morto", completou o diretor executivo.
Softwares Linux estão por toda parte: desde dispositivos eletrônicos comuns no nosso dia-a-dia, como televisores e celulares, até os mais inesperados, como experimentos na área de robótica e automação. 90% dos equipamentos listados entre os 500 supercomputadores mais potentes do mundo também rodam Linux. "A dificuldade do Linux conquistar uma boa fatia do mercado de desktops pode desapontar alguns, mas a plataforma domina quase todas as categorias da TI, com exceção da área de computação pessoal", explicou. O Windows está presente em 9 entre cada 10 computadores pessoais.
Além disso, o diretor executivo acredita que, com a vinda de dispotivos móveis que rodam plataformas baseadas em Linux, as pessoas deixarão de usar PCs e notebooks. Com isso, a Microsoft não teria mais a posse do único mercado que ainda se mostra líder. "Hoje as pessoas usam mais smartphones do que PCs tradicionais. Nesse caso, o Linux vai muito bem no mercado com o Android", concluiu.
Jim Zemlin acredita que, no momento, a verdadeira rival é a Apple, que lidera no mercado de tablets: "A Apple pode ser sua pior inimiga e sua melhor amiga, se você é um cara de mente aberta", disse ele. "A Apple mudou a definição do que é computação pessoal. Isso foi bom para o Linux. A Apple também tem um monte de componentes de código aberto em seus produtos, isso acrescenta bastante à comunidade Open Source", concluiu o diretor.
A Linux Foundation foi criada para acelerar a adoção e o desenvolvimento do Linux, reunindo colaboradores e impulsionando a inovação tecnológica em torno do kernel. Alguns desafios, no entanto, são muito evidentes no mundo so software livre. Como exemplo, temos os processos por uso indevido de patentes e, principalmente, o costume do usuários: "Leva tempo para que as pessoas percebam que não é necessário tal conjunto de requisitos num desktop, para que se acostumem com novas formas de usar um computador", explicou Jim Zemlin.
O outro lado
Quase todos os usuários Linux se lembram de um comentário de Steve Ballmer, CEO da Microsoft, dizendo que o Linux é um "câncer" que ameaça a propriedade intelectual da empresa. Este comentário foi feito em 2001, mas desde o ano passado, a Microsoft vem se empenhando em se desvincular da imagem pública de "inimiga número 1" do movimento open source. A empresa lançou, inclusive, uma página com softwares gratuitos desenvolvidos pela empresa. Em alguns casos, os produtos pagos da Microsoft até funcionam em paralelo com soluções open source. Em entrevistas recentes, executivos da empresa afirmam claramente que negar o open source no passado foi um erro da empresa.
E você, o que pensa a respeito dessa disputa? No vídeo abaixo, convidamos um garoto que, desde sempre, utiliza o Ubuntu no seu dia-a-dia, e nunca teve familiaridade com o Windows. Será que ele conseguiu se virar na plataforma da Microsoft? Confira!
Nenhum comentário:
Postar um comentário