04 outubro, 2011

Cientistas descobrem partículas mais velozes do que a luz

Estudo foi feito em laboratório na Itália considerado o mais importante do mundo. Estados Unidos e Japão também fazem pesquisas semelhantes.


Cientistas do mundo inteiro tentam desvendar um mistério que pode derrubar os conceitos sobre os limites do universo.

De todas as leis que regem o funcionamento do universo, uma parecia ser o limite máximo: a velocidade da luz, medida em quase 300 mil km/s. Albert Einstein, o inspirador da física moderna, afirmou que nada podia se mover mais rápido. Esse é o limite, por exemplo, de todas as transmissões da comunicação humana. Mas uma experiência que começou na Suíça colocou esse limite em dúvida. Do centro europeu de investigação nuclear, em Genebra, foi disparado um feixe de neutrinos, por via subterrânea, na direção do laboratório de Gransasso, na Itália.

As partículas, menores do que um átomo, percorreram em linha reta os 723 km e chegaram ao destino antes do que se esperava: 60 bilionésimos de um segundo.

Em Roma, na Universidade La Sapienza, o físico Fernando Ferroni, que já trabalhou em Genebra e em Gransasso, diz que o laboratório italiano é o mais importante do mundo, não só pelos equipamentos de precisão, mas também porque possui o silêncio cósmico, as condições naturais ideais para o estudo dos neutrinos. Desde Galileu Galilei no século XVII que a Itália investiga os fenômenos da física.

Em Genebra, o italiano Antonio Ereditato, chefe da experiência, é cauteloso.

“Durante vários meses procuramos uma explicação, algum erro, mas não encontramos. Então, nos sentimos obrigados a divulgar os resultados para que outros verifiquem a nossa experiência.”

Para que esta tese seja confirmada pela ciência, precisa ser confrontada com outras experiências. Atualmente, tantos nos EUA como no Japão estão sendo realizadas pesquisas semelhantes. O Instituto Nacional de Física Nuclear da Itália acredita que em um ano o mundo vai saber se os neutrinos são ou não mais velozes do que a luz.

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